Após o dólar atingir sua maior cotação nominal da história, fechando a R$ 6,26, o Banco Central (BC) anunciou uma nova intervenção no mercado cambial. A autoridade monetária irá realizar um leilão de até US$ 3 bilhões das reservas internacionais, com o objetivo de tentar controlar a alta da moeda americana. O leilão ocorrerá na manhã de quinta-feira (19), logo após a abertura do mercado, sem compromisso de recompra dos recursos posteriormente.
Na quarta-feira (18), o BC não fez intervenção direta, e o dólar subiu 2,82%, refletindo preocupações sobre o atraso na votação do pacote fiscal e expectativas de um possível afrouxamento mais lento nas taxas de juros nos Estados Unidos em 2025. A volatilidade cambial também foi impulsionada por incertezas econômicas no Brasil e no cenário internacional, principalmente devido ao Federal Reserve, que sinalizou a possibilidade de cortar juros de forma mais gradual.
Com o novo leilão, o BC terá injetado cerca de US$ 15 bilhões no mercado de câmbio somente em dezembro. Nas semanas anteriores, o Banco Central já havia realizado outras operações de venda de dólares à vista, injetando bilhões de dólares no mercado para tentar garantir a estabilidade da moeda brasileira frente ao cenário externo desfavorável. Essas ações visam moderar a pressão sobre o real e assegurar a confiança dos investidores no curto prazo.