Durante sua gestão à frente do Banco Central, Roberto Campos Neto destacou os desafios enfrentados pelo país, como a pandemia de covid-19, a tragédia de Brumadinho e a crise econômica na Argentina. Em uma live de despedida, ele refletiu sobre a resposta rápida do BC à crise sanitária, com a injeção de liquidez no mercado e o aumento dos juros para conter a inflação. O presidente do BC também mencionou a capacidade da instituição de antecipar os efeitos inflacionários das medidas fiscais e monetárias adotadas, o que permitiu ao Brasil atravessar a pandemia com um desempenho econômico melhor do que muitos outros países.
Outro aspecto importante da gestão de Campos Neto foi a busca pela autonomia institucional do Banco Central, um avanço significativo que ainda está em andamento, já que a proposta de autonomia financeira não foi concluída. O presidente enfatizou a importância dessa autonomia para que o BC possa operar de maneira independente de influências políticas, assegurando que sua missão seja cumprida de forma eficiente e com um horizonte temporal adequado. Além disso, ele destacou as conquistas da sua gestão, como o fortalecimento do Pix, a implementação do Open Finance e a criação do Drex, refletindo uma agenda voltada à inovação e à modernização dos meios de pagamento no Brasil.
No campo econômico, Campos Neto também se concentrou em ampliar a eficiência do mercado financeiro e reduzir a burocracia. Ele ressaltou as medidas para estimular o mercado de capitais, promover a inclusão financeira e apoiar a inovação, especialmente com o incentivo ao surgimento de fintechs e a modernização das práticas cambiais. A gestão também priorizou a diminuição da concentração bancária, ampliando o acesso ao crédito, especialmente para micro e pequenas empresas, por meio de um mercado mais competitivo e transparente.