O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (11) para anunciar uma nova decisão sobre a taxa Selic, com a expectativa de um aumento de até 1 ponto percentual, elevando a taxa para 12,25% ao ano. Esse será o terceiro aumento consecutivo e o maior desde 2022. A elevação ocorre em meio a incertezas econômicas, como o impacto da alta do dólar e do recente pacote fiscal do governo, que gerou preocupações no mercado financeiro. Além disso, os dados da inflação e o crescimento do PIB têm superado as expectativas, colocando mais pressão sobre as autoridades monetárias.
A decisão do Copom ocorre em um cenário de inflação elevada e de um câmbio instável. O dólar, que já subiu mais de 25% em 2024, tem pressionado ainda mais os preços internos, o que impacta diretamente o custo de produtos e serviços no Brasil. A alta da moeda norte-americana é alimentada pelas incertezas fiscais internas e pelas políticas monetárias dos Estados Unidos, com juros elevados no país. Essas pressões externas se refletem nas projeções de inflação, que estão acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
Com a expectativa de juros mais altos, a economia brasileira deve enfrentar desafios adicionais. O crescimento do PIB pode ser impactado, já que os juros mais altos tendem a reduzir o consumo e dificultar os investimentos produtivos. Além disso, a carga de juros sobre a dívida pública tem aumentado, o que pressiona as contas do governo. No entanto, as aplicações em renda fixa devem ser mais atraentes, visto que a alta da Selic oferece rendimentos maiores. A situação fiscal e a gestão da dívida seguem como temas centrais para a política monetária do país nos próximos meses.