O Banco da Coreia do Sul (BoK) se comprometeu a monitorar a situação política do país e a adotar medidas para garantir a estabilidade financeira, após o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. Em comunicado, o banco central afirmou que a volatilidade nos mercados financeiros e cambiais diminuiu desde o anúncio do impeachment, e que a normalização do processo político poderá reduzir ainda mais essa incerteza. No entanto, o BoK alertou que, caso a crise política se prolongue além dos precedentes, o impacto econômico pode ser mais significativo, e a autoridade monetária tomará ações proativas em colaboração com o governo.
O cenário político na Coreia do Sul continua tenso, com esforços sendo feitos por líderes políticos para aliviar as divisões. O líder da oposição, Lee Jae-myung, propôs a criação de um conselho especial para facilitar a cooperação entre a Assembleia Nacional e o governo, além de solicitar uma decisão rápida do Tribunal Constitucional sobre o impeachment de Yoon. Caso o impeachment seja confirmado, novas eleições deverão ser convocadas em até 60 dias. O presidente interino, Han Duck-soo, se comprometeu a manter uma comunicação estreita com o Parlamento, embora tenha evitado comentar sobre a proposta de Lee.
Apesar do atual clima de incerteza, o Partido do Poder Popular (PPP), de Yoon, reiterou que o governo seguirá funcionando até o fim do mandato do presidente. A disputa política permanece acirrada, com críticas e divergências sobre a forma como o governo e a oposição devem atuar durante esse período de transição. O Banco da Coreia do Sul continua vigilante e preparado para intervir caso necessário, com foco em minimizar os riscos econômicos decorrentes da instabilidade política.