Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou um ano de altos e baixos, com avanços econômicos e desafios políticos significativos. O país registrou crescimento do PIB de 3,5%, a menor taxa de desemprego da série histórica (6,1%) e redução expressiva da miséria, resultados comemorados pelo governo. Contudo, a alta do dólar, que fechou o ano com valorização acumulada de 27%, e as críticas do mercado financeiro à política fiscal geraram atritos. A aprovação da regulamentação da reforma tributária foi um marco para o governo, enquanto a relação conturbada com o Congresso foi marcada por negociações difíceis e liberação de emendas parlamentares.
Além dos desafios econômicos e políticos, 2024 foi marcado por crises climáticas e mudanças na equipe ministerial. Cheias no Rio Grande do Sul e queimadas em biomas como Pantanal e Amazônia testaram a capacidade de resposta do governo, que implantou medidas emergenciais e propôs projetos de preservação ambiental. Na esfera administrativa, o presidente promoveu mudanças em ministérios estratégicos e na Petrobras, demonstrando a busca por ajustes na gestão. No âmbito internacional, atritos com líderes de países vizinhos e polêmicas em torno de conflitos globais, como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, repercutiram na política externa brasileira.
Em termos pessoais, Lula enfrentou problemas de saúde, incluindo uma queda no Palácio da Alvorada e uma cirurgia para tratar um hematoma na cabeça, que afetaram sua agenda oficial. Apesar dos desafios, o presidente inicia 2025 com o objetivo de consolidar avanços econômicos, melhorar a comunicação do governo e fortalecer sua base política, tendo em vista as eleições municipais e o impacto das políticas públicas no cenário nacional.