O preço do azeite de oliva no Brasil, que disparou nos últimos dois anos, pode começar a cair em 2025. A alta foi impulsionada por uma forte seca na Europa, que afetou a produção de azeitonas, matéria-prima essencial para o produto. A escassez gerou uma alta nos preços, com alguns supermercados até instalando lacres antifurto nos produtos devido ao aumento de custos. O Brasil, que importa quase todo o azeite que consome, depende de países como Portugal e Espanha, responsáveis por 44% e 14% das importações, respectivamente.
A boa notícia é que a produção de azeite na região do Mediterrâneo deve crescer nesta safra, com um aumento estimado de 29% na produção em relação ao ciclo anterior, o que já reflete na queda de preços na Europa. Esse movimento positivo nos preços pode impactar o mercado brasileiro a partir da Páscoa de 2025, com quedas que podem superar 20%, segundo especialistas do setor. Contudo, o repasse do preço mais baixo pode demorar alguns meses devido ao estoque existente dos importadores com valores mais altos.
A produção de azeite na Europa enfrentou grandes desafios climáticos nos últimos dois anos, com temperaturas extremas e seca prolongada, o que comprometeu as colheitas. A recuperação da estabilidade climática, no entanto, tem permitido uma recuperação na produção, especialmente na Espanha, que espera uma alta de 50% na produção nesta safra. A tendência de crescimento da oferta, junto com a estabilidade climática, aponta para uma possível normalização dos preços nos próximos meses, beneficiando os consumidores brasileiros em 2025.