Um acidente aéreo ocorrido em Gramado, na Serra Gaúcha, no último domingo, 22, resultou na morte de sete pessoas, incluindo o empresário Luiz Claudio Galeazzi e seus familiares. A aeronave, um turboélice bimotor, havia acabado de decolar de Canela e se dirigia a Jundiaí, no interior de São Paulo, quando enfrentou condições climáticas adversas, com forte neblina e chuva. O avião caiu na região da Avenida das Hortênsias, atingindo uma chaminé, o segundo andar de uma residência e uma loja, causando também danos à pousada próxima. A queda resultou em vítimas fatais e deixou pelo menos 17 pessoas feridas, algumas com queimaduras graves.
O avião, de fabricação de 1990 e com situação regular de aeronavegabilidade, estava sob o comando do próprio Luiz Claudio Galeazzi. Segundo especialistas, as condições meteorológicas no momento da decolagem de Canela se deterioraram rapidamente, com nevoeiro denso que pode ter comprometido a visibilidade do piloto, forçando-o a confiar exclusivamente nos instrumentos da aeronave. A falta de controle de tráfego aéreo no local e a operação em condições de voo visual colocaram a responsabilidade da decisão de decolagem nas mãos do piloto. A investigação sobre as causas do acidente está em andamento, e as autoridades locais e federais trabalham para esclarecer os fatos.
Este trágico incidente ocorre em um ano já marcado por um número elevado de fatalidades em acidentes aéreos no Brasil. Até dezembro, 138 pessoas haviam morrido em acidentes de aviação em 2024, um aumento significativo em relação ao ano anterior. O acidente de Gramado, que ocorreu em meio ao período de alta temporada turística, também chama a atenção para a segurança aérea em regiões de clima volúvel, como a Serra Gaúcha. Além das vítimas fatais, duas pessoas continuam em estado grave, enquanto as equipes de resgate e perícia trabalham para remover os destroços e entender as causas do desastre.