Nos últimos dez dias, uma ofensiva liderada por forças rebeldes no norte da Síria tem conquistado importantes cidades, como Aleppo e Homs, e se aproximado da capital Damasco, onde a situação se torna cada vez mais crítica. O governo sírio alega ter estabelecido um cordão de segurança em torno da capital, enquanto os rebeldes afirmam avançar sem resistência significativa das Forças Armadas. A cidade vive um clima de incerteza, com relatos de confrontos e presença de insurgentes em seus arredores. A crise ganha contornos dramáticos, com a possibilidade de um colapso do regime de Bashar al-Assad, que permanece sem aparições públicas desde o início dos ataques.
O movimento rebelde, conhecido por sua ligação com grupos extremistas, tem derrubado símbolos do regime e tomado bases militares ao longo de sua jornada. As forças do governo sírio, segundo observadores, estão enfraquecidas e desmoralizadas, e a crescente pressão militar e política levanta dúvidas sobre a continuidade de Assad no poder. Enquanto isso, a comunidade internacional, incluindo países como Rússia, Turquia e Irã, tenta buscar uma solução diplomática, embora com visões divergentes sobre a inclusão de certos grupos insurgentes nas negociações. As dificuldades enfrentadas pelos aliados do regime sírio, como Rússia e Irã, devido a seus próprios conflitos regionais, ampliam a vulnerabilidade do governo de Damasco.
A guerra civil na Síria, que começou em 2011, reaquece com este novo estágio de intensificação do conflito. A atual ofensiva rebelde é vista como uma oportunidade estratégica para os opositores do regime, aproveitando o enfraquecimento de Assad e seus aliados. A situação gerou preocupações internacionais, já que a queda de Assad poderia provocar um vácuo de poder, afetando não só a Síria, mas também outros países do Oriente Médio. As implicações desse cenário são amplamente discutidas, com riscos de um aumento da instabilidade regional, envolvendo potências como Israel e forças locais.