Rebeldes sírios realizaram avanços significativos em uma ofensiva militar que cercou Damasco e ameaça o governo de Bashar al-Assad, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. Em uma semana, o grupo jihadista HTS capturou importantes cidades como Aleppo, Deraa e Hama, além de avançar sobre Homs e Damasco. As forças do governo sírio recuaram de áreas estratégicas no sul do país para concentrar recursos na defesa de Homs e da capital, enquanto enfrentam ataques coordenados em diversas frentes.
O cenário internacional tem limitado o apoio tradicional ao regime de Assad. A Rússia está focada em sua guerra na Ucrânia, enquanto o Irã e grupos aliados enfrentam pressões de ataques israelenses e conflitos regionais. Paralelamente, diplomatas de Irã, Rússia, Turquia e Catar discutem alternativas diplomáticas para evitar o agravamento da crise, mas ressaltam a fragilidade do governo sírio em atender às demandas populares durante a trégua dos últimos anos.
No leste da Síria, forças lideradas por curdos, com apoio dos EUA, capturaram áreas estratégicas, reduzindo a influência iraniana na região e interrompendo importantes rotas de suprimento. Com as recentes conquistas territoriais dos rebeldes e a perda de passagens fronteiriças para Jordânia e Iraque, o regime de Assad enfrenta isolamento crescente, com apenas o acesso ao Líbano como ligação ao exterior. A ofensiva marca uma reviravolta significativa no conflito, ressaltando a urgência de uma solução política para evitar maior devastação no país.