O levante na Síria, iniciado no final de novembro, tem desafiado o regime de Bashar al-Assad, com forças rebeldes conquistando rapidamente várias cidades-chave, incluindo Aleppo, Homs e Hama, em um curto período de tempo. Com um avanço relâmpago liderado pelo movimento Hayat Tahrir al-Sham (HTS), os rebeldes obtiveram vitórias significativas e tomaram controle de regiões estratégicas, como a cidade de Hama, que serve de acesso à capital Damasco. Ao longo da ofensiva, a resistência do exército sírio diminuiu, e vários enfrentamentos resultaram na retirada temporária de tropas, enquanto milícias regionais aliadas, como as apoiadas pelo Irã, tentavam reforçar a presença do regime.
Entre os dias 1º e 7 de dezembro, a pressão sobre o governo sírio aumentou significativamente, com as forças rebeldes avançando em direção ao sul e cercando Damasco. A queda de várias cidades, como Quneitra e Sanamayn, e o controle de áreas vitais no subúrbio da capital indicam a fragilidade do regime. A retirada das tropas sírias de algumas regiões e a entrada de unidades do Hezbollah e milícias iraquianas na Síria não conseguiram conter o avanço, enquanto milhares de civis fugiam dos combates. O apoio contínuo de potências como a Rússia e o Irã ao regime de Assad não impediu o rápido avanço dos rebeldes, que também receberam apoio de forças curdas no leste do país.
No dia 8 de dezembro, os rebeldes chegaram aos arredores de Damasco e afirmaram que o regime já havia perdido o controle da cidade. Relatos indicam que Bashar al-Assad teria deixado a capital, com seu paradeiro desconhecido. Com o regime em risco, o futuro político e militar da Síria permanece incerto, enquanto a guerra civil, que dura mais de uma década, entra em uma nova fase, marcada pela crescente instabilidade e pela reorganização das forças de oposição.