Em uma ofensiva iniciada recentemente, grupos insurgentes liderados pelo movimento Hayat Tahrir al-Sham (HTS) avançaram rapidamente pela Síria, conquistando cidades-chave como Aleppo e Homs, e agora estão marchando em direção a Damasco, a capital do país. Moradores de Damasco relataram confrontos em áreas periféricas, com insurgentes afirmando que estão entrando na cidade sem resistência significativa das forças governamentais. O governo sírio, por sua vez, desmentiu esses relatos, acusando os rebeldes de disseminar informações falsas para semear pânico entre a população. As forças do regime tentam estabelecer uma linha de defesa ao redor da cidade para evitar a queda do governo.
Este novo avanço ocorre em um momento de enfraquecimento dos aliados de Assad, como a Rússia e o Irã, que estão mais envolvidos em outros conflitos, como a guerra na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio. A perda de influência e recursos por parte de seus principais aliados tem criado um vácuo que tem permitido a ofensiva rebelde ganhar terreno. A situação militar se tornou ainda mais crítica para o regime sírio, que, segundo analistas, pode estar se aproximando de um colapso. Para os rebeldes, o objetivo permanece claro: derrubar o governo e liberar o país do regime autoritário.
No cenário internacional, a guerra na Síria continua a atrair atenção, com diferentes países expressando opiniões sobre o conflito. Líderes como o presidente da Turquia, por exemplo, defendem que o futuro da Síria deve ser decidido pelos próprios sírios, enquanto outros, como os Estados Unidos, têm adotado uma postura de não intervenção direta. A escalada do conflito levanta preocupações sobre os impactos regionais, especialmente no que se refere à estabilidade do Oriente Médio e ao possível vácuo de poder que poderia resultar da queda de Assad.