O aumento dos preços de itens essenciais no Brasil, como café, açúcar e chocolate, tem impactado diretamente o orçamento das famílias. Em 2024, o preço do café subiu mais de 30%, impulsionado principalmente pelas condições climáticas adversas nas regiões produtoras no Brasil, o que reduziu a oferta e elevou os preços internacionais. Especialistas indicam que a tendência de alta nos preços deve continuar em 2025, com a expectativa de novos reajustes, particularmente devido às mudanças climáticas e ao aumento da demanda, especialmente da China.
O mercado de açúcar também tem experimentado volatilidade, com altas de até 10,4% registradas pela FAO, refletindo a crescente demanda global e desafios na produção. Embora o açúcar não tenha visto a mesma elevação que o café, a incerteza quanto ao abastecimento pode manter os preços instáveis, afetando o custo de diversos produtos alimentícios. Para 2025, a perspectiva é de que os preços do açúcar continuem a oscilar, impactando o orçamento familiar.
No setor de cacau, a situação é ainda mais preocupante. Com preços recordes atingindo US$ 7.000 por tonelada, a alta do cacau, que dobrou em 2024, deve continuar nos próximos anos devido a problemas na produção global, como o impacto das mudanças climáticas, doenças nas lavouras e a escassez de oferta. Isso resultou em uma redução na produção mundial de cacau e uma expectativa de deficit de 374 mil toneladas em 2025. Como o cacau é um insumo essencial para a produção de chocolate, a indústria enfrentará custos mais altos, que deverão ser repassados ao consumidor, tornando o preço do chocolate mais elevado nos próximos anos.