O aumento nas tarifas aéreas é um dos reflexos do cenário econômico atual, com o dólar elevado e os custos operacionais das companhias aéreas em alta. Até novembro de 2024, as passagens aéreas no Brasil apresentaram uma alta de 22,65%, um impacto diretamente ligado ao aumento do querosene de aviação (QAV) e à volatilidade do mercado internacional, especialmente devido à guerra na Ucrânia. Além disso, fatores como custos dolarizados, que afetam itens essenciais como leasing de aeronaves e manutenção, contribuem para o encarecimento das tarifas, prejudicando o bolso dos consumidores brasileiros.
Para 2025, as perspectivas são de mais aumentos nos preços das passagens aéreas, tanto no Brasil quanto em outros países. A combinação de custos mais altos e tensões geopolíticas, além da recuperação do setor aéreo desde a pandemia, indicam que as passagens continuarão a ser impactadas. As empresas aéreas também estão mudando suas operações, adotando aeronaves mais estreitas e alterando rotas, o que pode aumentar ainda mais os custos para os passageiros. A concentração de mercado em poucas companhias no Brasil também tem contribuído para o aumento das tarifas, especialmente em períodos de alta demanda.
Apesar das dificuldades econômicas, o setor aéreo brasileiro experimenta um crescimento significativo, com um recorde de 2,1 milhões de passageiros em voos internacionais, um aumento de 14% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é visto como uma recuperação do mercado e um reflexo do fortalecimento do Brasil como um destino turístico internacional. No entanto, o aumento das tarifas e a falta de concorrência no mercado doméstico continuam sendo desafios para os consumidores, especialmente com a previsão de novos aumentos nos próximos anos.