A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) alertou para o aumento das importações de trigo em 2024 devido a uma safra nacional abaixo das expectativas. A produção no Paraná sofreu com intempéries climáticas, enquanto o Rio Grande do Sul enfrentou chuvas excessivas que afetaram a qualidade do grão. Como resultado, o Brasil deverá importar cerca de 6 milhões de toneladas do cereal no ano-safra 2024/25, o maior volume em cinco anos. A alta do dólar também impacta diretamente o custo das importações, tornando inevitável o aumento do preço da farinha de trigo, conforme declarado pela Abitrigo.
Em 2024, o Brasil tem enfrentado uma queda na produção interna de trigo, com uma redução significativa na qualidade do grão em algumas regiões do país. Isso, combinado com a alta do dólar, que subiu cerca de 28% em relação ao real até o momento, está pressionando os custos de produção para os moinhos nacionais. A cotação do trigo no mercado interno caiu de mais de R$ 1.500 para R$ 1.400 a tonelada, mas o cenário de escassez e câmbio desfavorável está refletido em aumentos inevitáveis para o consumidor final, com impacto nos preços da farinha.
A necessidade de importação será maior principalmente devido à colheita reduzida em estados chave como Paraná e Rio Grande do Sul. Com a redução das exportações, o Brasil dependerá de mais trigo importado para atender à demanda interna. A Abitrigo não forneceu percentuais exatos para o aumento dos preços, mas a associação enfatizou que, independentemente de uma eventual queda no valor do dólar, a situação já está impactando a cadeia produtiva do setor. Assim, espera-se que o aumento nos preços da farinha de trigo seja um reflexo direto dessas dificuldades.
