Em 2024, a Prefeitura de São Paulo destinou mais de R$ 5,6 bilhões ao programa de compensações tarifárias para o sistema de transporte público da capital, um valor superior ao total gasto no ano anterior, que foi de R$ 5,3 bilhões. Esse aumento é reflexo, em grande parte, das gratuidades e do programa Domingão Tarifa Zero, que beneficiou milhões de pessoas, e também do congelamento da tarifa de ônibus, que se mantém em R$ 4,40 desde 2020. Com isso, os custos do transporte público na cidade superam os R$ 6 bilhões pela quarta vez consecutiva, estabelecendo um novo recorde histórico.
O aumento no valor dos subsídios é atribuído ao crescimento das gratuidades e aos custos operacionais elevados, que foram impactados pela pandemia de Covid-19. Além disso, o valor alocado pela prefeitura no transporte público segue uma tendência crescente desde 2019, ano em que os gastos com o sistema chegaram a R$ 3,1 bilhões. Para 2025, o orçamento prevê R$ 6,4 bilhões para a manutenção dos subsídios tarifários.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, deve decidir em dezembro se manterá a tarifa de R$ 4,40 para o transporte público pela quinta vez consecutiva. Embora sua intenção seja manter a tarifa congelada, ele destaca que a decisão dependerá da análise dos custos do sistema, incluindo dissídios de funcionários e o preço do diesel. Nunes também afirmou que, caso não seja possível manter o valor atual, explicará as razões para a população, ressaltando a importância de equilibrar os investimentos em outras áreas essenciais, como saúde e educação.