Em 2025, os subsídios no setor elétrico brasileiro devem atingir R$ 40,6 bilhões, com um aumento de 18,2% no valor pago pelos consumidores em relação a 2024. A maior parte desse valor, que corresponde a R$ 36,5 bilhões, será repassada na conta de luz, com um impacto significativo para os consumidores. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou essa projeção na consulta pública sobre o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que engloba os subsídios do setor elétrico.
O aumento nos custos está relacionado à ampliação de algumas despesas, como R$ 1,45 bilhão no programa Luz para Todos, R$ 2,8 bilhões em descontos para fontes renováveis de energia, como solar e eólica, e R$ 764 milhões em descontos nas tarifas de transmissão. A tarifa social e os custos com a universalização do acesso à energia também estão entre os fatores que contribuem para esse crescimento. Além disso, os depósitos da Eletrobras para a redução da CDE foram zerados, impactando diretamente a composição da conta de luz.
A CDE inclui subsídios que financiam diversas iniciativas, como o custo dos combustíveis fósseis para termelétricas, os descontos em tarifas para fontes renováveis e a geração distribuída, que beneficia consumidores com sistemas próprios de energia, como as placas solares. Outras categorias, como o programa Luz para Todos e os subsídios voltados para produtores rurais, também fazem parte da composição dos custos que são repassados aos consumidores.