O governo federal anunciou um aumento de 7,5% no salário mínimo, que passará de R$ 1.412 para R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro de 2025. A medida terá impacto em diversos programas sociais, como aposentadorias, seguro-desemprego e o abono salarial, que também serão reajustados de acordo com o novo valor. No entanto, o aumento ficou abaixo das previsões iniciais, já que a política de valorização do mínimo foi ajustada para limitar o crescimento real (acima da inflação) a 2,5% ao ano, de acordo com o teto fiscal estabelecido pelo governo.
Além das aposentadorias e do seguro-desemprego, outros benefícios também sofrerão ajustes. O valor do Cadastro Único (CadÚnico) passará de R$ 706 para R$ 759 por pessoa, enquanto o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência, também será alterado. Para ter acesso ao BPC, a renda per capita familiar não poderá ultrapassar R$ 759, equivalente a 25% do salário mínimo.
Os microempreendedores individuais (MEIs) também serão impactados, com o valor da contribuição ao INSS passando de R$ 70,60 para R$ 75,90, o que representa 5% do salário mínimo. Essa mudança reflete a tentativa do governo de ajustar o piso nacional sem ultrapassar o limite estabelecido pelo arcabouço fiscal, enquanto busca reequilibrar as contas públicas e controlar os gastos.