O número de casos de maus-tratos a animais no sul de Minas Gerais tem registrado um aumento significativo, preocupando tanto a população quanto as autoridades locais. Em Lavras, o aumento foi de mais de 360% em comparação ao ano anterior, com 159 ocorrências registradas apenas neste ano. Em Poços de Caldas, já são mais de 300 casos. Especialistas apontam que os maus-tratos não se limitam a agressões físicas, mas também incluem negligência, como a falta de cuidados adequados, alimentação e espaços apropriados para os animais.
Casos como o de uma cadela esfaqueada em Poços de Caldas, que precisou de cirurgia urgente, têm gerado mobilização de ONGs e protetores de animais. A clínica veterinária onde a cadela foi tratada relatou uma quantidade constante de resgates de animais vítimas de violência, o que evidencia a gravidade do problema. A legislação brasileira, que criminaliza o abuso contra animais, prevê penas de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e proibição de guarda, com agravamento da pena em casos de morte do animal.
Profissionais de saúde mental alertam que a violência contra os animais pode ter raízes em fatores psicológicos, emocionais, culturais e sociais, e destacam a importância da conscientização desde a infância. A educação sobre o respeito aos animais e a implementação de terapias para indivíduos com comportamentos agressivos são apontadas como medidas essenciais para combater o problema. As autoridades locais e organizações de defesa dos animais buscam unir esforços para reduzir esses crimes e promover um ambiente mais seguro para os animais na região.