A China realizou sua maior mobilização marítima regional em décadas, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, intensificando a presença militar no Estreito de Taiwan e no Pacífico Ocidental. Nos últimos dias, um número significativo de embarcações chinesas, incluindo navios militares e da guarda costeira, foi detectado em movimentação ao redor da ilha. Além disso, a atividade aérea chinesa cresceu, com 47 aeronaves detectadas em apenas 24 horas, em meio a um aumento nas tensões após a recente visita não oficial do presidente de Taiwan a territórios americanos.
Autoridades de Taiwan alertaram para a possibilidade de bloqueio militar, apontando que a escala e a distribuição dos navios chineses poderiam dificultar o acesso de forças externas à ilha em caso de conflito. A movimentação naval se estendeu para além da primeira cadeia de ilhas, uma região de grande importância estratégica que engloba o Japão, Taiwan e partes das Filipinas. Pequim, até o momento, não confirmou a realização de exercícios militares, mas sua postura é interpretada como uma resposta às interações entre Taiwan e os Estados Unidos, consideradas violações à soberania chinesa.
A liderança de Taiwan reforçou medidas de segurança e permanece em estado de alerta máximo, destacando a ameaça representada pela mobilização do Exército de Libertação Popular da China. Apesar de não haver exercícios com munição real nas zonas aéreas designadas próximas à ilha, a pressão militar aumenta as preocupações sobre uma potencial escalada na região, especialmente com a possibilidade de isolamento de Taiwan no caso de uma invasão. A situação evidencia a crescente tensão na disputa geopolítica envolvendo Pequim, Taipei e Washington.