O número de mortes por HIV no Acre registrou um aumento significativo de mais de 60% entre 2022 e 2023, conforme dados do Ministério da Saúde. Em 2023, foram 21 óbitos ligados ao vírus, em comparação com 13 no ano anterior. Esse crescimento interrompe uma tendência de queda que vinha desde 2021, quando o estado registrou 26 mortes. O boletim epidemiológico divulgado também revela uma taxa de mortalidade no Acre de 2,3 mortes por 100 mil habitantes em 2023, um aumento em relação à taxa de 1,3 em 2022. A capital, Rio Branco, apresentou uma taxa de 2,7 óbitos por 100 mil habitantes, uma das menores entre as capitais brasileiras.
Os dados também destacam a persistência das desigualdades sociais e econômicas que influenciam a incidência do HIV no estado. O boletim salienta que as condições de saúde da população são diretamente impactadas por fatores sociais e ambientais, e que políticas públicas eficazes são essenciais para combater essas doenças. A eliminação de doenças como o HIV depende de ações amplas que envolvem desde o acesso ao tratamento até a superação de estigmas sociais, além de políticas públicas estruturais para garantir igualdade de condições de saúde.
Como parte da campanha Dezembro Vermelho, o governo estadual tem promovido ações de conscientização sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), incluindo o HIV. A campanha distribui preservativos, gel lubrificante e materiais educativos, além de reforçar o uso de métodos preventivos, como a profilaxia pré-exposição (PrEP). A mobilização busca alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, com o objetivo de reduzir a transmissão do HIV e outras ISTs, alinhando-se ao compromisso global de erradicar essas doenças até 2030.