A produção de lixo no Brasil aumentou significativamente em 2023, com o total de resíduos chegando a 80 milhões de toneladas, o que equivale a uma média de 382 quilos por habitante. A Região Sudeste se destaca como a maior geradora de resíduos do país, tanto em volume total quanto per capita, enquanto a Região Sul apresenta os menores números. Apesar do aumento na quantidade de lixo, a reciclagem no Brasil ainda é limitada, representando apenas 8% do total de resíduos, com a maior parte sendo destinada por catadores informais.
Os lixões, áreas a céu aberto de descarte irregular de resíduos, ainda representam um grave problema no país, com 41% dos resíduos indo para esses locais. A legislação estabelece que os lixões devem ser extintos até agosto de 2024, mas eles ainda são uma realidade em 30% dos municípios brasileiros. O Brasil ocupa a quinta posição mundial em geração de resíduos, e, ao contrário de países desenvolvidos, grande parte do lixo segue sem tratamento adequado, o que causa impactos ambientais graves, como a poluição de rios e contaminação do lençol freático.
Para lidar com o desperdício, iniciativas como o EcoParque, no Rio de Janeiro, demonstram que é possível criar um sistema de economia circular, onde os resíduos são reaproveitados, gerando energia e até adubo. Embora o Brasil tenha um grande potencial para transformar seus resíduos em recursos, a estrutura de coleta seletiva e reciclagem ainda precisa de grandes avanços para alcançar os índices de outros países, como o Chile, que já recicla 14% a 15% de seus resíduos.