O atum-rabilho, um dos peixes mais caros e valiosos do mundo, enfrentou sérios riscos de extinção devido à pesca excessiva, mas passou por uma recuperação significativa nos últimos anos graças a regulamentações mais rígidas e ao combate à pesca ilegal. No entanto, a espécie agora lida com uma nova ameaça: as mudanças climáticas. Estudos mostram que o aumento das temperaturas dos oceanos está afetando seus padrões de migração, reprodução e alimentação, com implicações para a sua sobrevivência e para as comunidades pesqueiras que dependem dessa espécie.
Com o aquecimento global, os atuns-rabilho estão migrando para águas mais frias, distantes de suas rotas tradicionais. Cientistas observam que a espécie está se movendo progressivamente para o norte, o que altera não só seus hábitos migratórios, mas também seus locais de desova. O aumento da temperatura do mar Mediterrâneo, uma das áreas mais críticas para a reprodução do atum-rabilho, está colocando em risco o metabolismo e o crescimento dos jovens peixes, o que pode impactar gravemente suas populações a longo prazo.
Embora a população de atum-rabilho tenha mostrado sinais de recuperação, o risco de extinção ainda persiste devido às dificuldades da espécie em se adaptar rapidamente às mudanças climáticas. A pesca continua sendo uma preocupação, pois as novas rotas migratórias podem entrar em conflito com outras atividades pesqueiras, exigindo ajustes nas regulamentações e maior cooperação internacional. A preservação do atum-rabilho depende de um equilíbrio entre as medidas de conservação e o suporte às comunidades locais que dependem dessa atividade econômica.