Especialistas em segurança aérea levantaram questões sobre a localização de um aterro no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, após um acidente fatal envolvendo um avião da Jeju Air. No domingo (29), o Boeing 737-800, que transportava 175 passageiros e seis tripulantes, derrapou na pista durante o pouso e colidiu com uma estrutura de areia e concreto, resultando na morte de 179 pessoas. As autoridades investigam os motivos que levaram o piloto a tentar aterrissar após declarar uma emergência, com um possível defeito no trem de pouso sendo uma das hipóteses.
A investigação também foca no aterro, que, segundo um manual de operações do aeroporto de 2024, estava muito próximo ao final da pista. Especialistas indicam que o equipamento, que abriga instrumentos de navegação, pode ter contribuído para o impacto fatal. Embora a área de segurança no final da pista seja regida por normas internacionais, uma lei local permite ajustes nas instalações, o que gerou questionamentos sobre a segurança da área. Autoridades prometeram revisar a localização do aterro durante uma expansão planejada.
A recuperação dos dados da caixa preta da aeronave está em andamento, embora o gravador de dados de voo tenha sido encontrado danificado. A análise inicial já iniciou com os registros de voz do cockpit, e as autoridades investigam possíveis falhas em sistemas da aeronave e condições externas, como a colisão com pássaros, que podem ter influenciado a decisão do piloto. Inspeções em outros aviões do modelo B737-800, operados por companhias aéreas sul-coreanas, também estão em curso. O aeroporto ficará fechado até 7 de janeiro para dar continuidade às investigações.