Na última sexta-feira (20), um ataque em um mercado de Natal na Alemanha resultou na morte de cinco pessoas e deixou mais de 200 feridas, com 40 delas em estado crítico. As autoridades alemãs haviam recebido denúncias sobre o suspeito ainda em 2023, incluindo uma alerta da Arábia Saudita, que desencadeou investigações em novembro. O homem, um residente permanente no país desde 2006, foi identificado como um médico saudita, embora seu nome não tenha sido oficialmente revelado. Ele já havia sido monitorado pelas autoridades por suas postagens nas redes sociais, nas quais expressava opiniões extremistas.
O suspeito, que foi preso enquanto as investigações prosseguem, tinha um histórico de atitudes radicais, incluindo ataques verbais contra várias autoridades e expressões de apoio a grupos de extrema direita. Em suas redes, ele se identificava como um ex-muçulmano crítico do islamismo, além de apoiar movimentos políticos com ideologias anti-imigração. Embora tenha feito várias ameaças e incitações de violência, não se sabe se ele havia cometido outros atos violentos anteriormente.
Esse ataque, que aumentou as tensões sobre o tema da imigração na Alemanha, ocorre em um contexto de crescente preocupação com questões de segurança no país. Em resposta, o governo de Olaf Scholz tem reforçado medidas de segurança, especialmente após o incidente com um extremista islâmico em Solingen, ocorrido em agosto. O caso deve continuar a impactar o debate político, com as eleições antecipadas previstas para fevereiro de 2024.