Na terça-feira (24), um ataque armado contra um grupo de jornalistas que se reunia para uma coletiva de imprensa no Haiti resultou na morte de pelo menos duas pessoas e deixou outras feridas. Os jornalistas haviam sido convidados para acompanhar o anúncio da reabertura do Hospital da Universidade Estadual do Haiti, o maior hospital público do país, localizado na capital Porto Príncipe. O ataque ocorreu por volta de três horas após o início do evento, antes que o novo ministro da saúde chegasse ao local.
De acordo com testemunhas, um jornalista e um policial foram mortos no local. Embora a polícia nacional do Haiti não tenha se pronunciado imediatamente sobre o ocorrido, o conselho presidencial transitório afirmou que o ato não ficaria impune e expressou condolências às famílias das vítimas. Este incidente ocorre em um contexto de crescente violência no país, especialmente devido ao aumento de ataques de gangues, que tem afetado gravemente a estabilidade e a segurança em várias regiões.
A reabertura do Hospital Geral, que estava fechado desde março devido à intensificação dos conflitos envolvendo grupos armados, é uma tentativa do governo de retomar serviços essenciais à população. O ministro da saúde, Duckenson Lorthe Blema, havia sido nomeado recentemente para liderar o setor, após uma reformulação no gabinete, e o evento tinha como objetivo anunciar a retomada das operações do hospital. A violência crescente no Haiti continua a dificultar os esforços de reconstrução e estabilidade política no país.