Na última sexta-feira (20), um atropelamento em um mercado de Natal na cidade alemã de Magdeburgo resultou na morte de pelo menos cinco pessoas, incluindo uma criança de 9 anos. O incidente também deixou mais de 200 feridos, com cerca de 40 em estado grave, conforme confirmado pelas autoridades. O suspeito, de 50 anos e natural da Arábia Saudita, foi preso. Ele era um médico que, segundo informações, teria desenvolvido opiniões extremas contra o islamismo e se distanciado de sua fé. O ataque ocorre em um momento sensível, próximo às eleições antecipadas na Alemanha, quando a política de imigração é um tema central no debate público.
As investigações ainda estão em andamento, mas autoridades sugerem que o ataque possa estar relacionado a sentimentos anti-islâmicos do suspeito, que se manifestava nas redes sociais com apoio a partidos de ultradireita e críticas à postura do governo alemão em relação aos refugiados. O governo da Arábia Saudita havia alertado as autoridades alemãs sobre o homem, mas não foram tomadas ações efetivas antes do ataque. Além disso, o suspeito teria um histórico de envolvimento em ações que contrariavam os interesses do governo saudita.
Em resposta ao ataque, o chanceler Olaf Scholz visitou Magdeburgo e prestou homenagens às vítimas. Ele expressou sua solidariedade às famílias e ressaltou a importância da unidade nacional diante de atos de ódio. Como medida de segurança, a polícia de Berlim intensificou a presença nos mercados de Natal da capital, e o mercado de Magdeburgo foi temporariamente fechado. O evento trágico sublinha a crescente preocupação com a segurança em locais públicos durante a temporada de festas.