Na manhã desta quarta-feira (11), ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 38 palestinos. A maior parte das vítimas ocorreu em um bombardeio que atingiu um prédio em Beit Lahiya, no norte do enclave, onde 22 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas. Equipes de resgate ainda buscavam por sobreviventes entre os escombros. Em outras áreas, como Beit Hanoun e a Cidade de Gaza, mais vítimas foram registradas, com diversas pessoas feridas ou presas nos destroços.
Em resposta, o exército israelense confirmou ataques a militantes do Hamas nas proximidades de locais como o Hospital Kamal Adwan, em um esforço para combater a infraestrutura militar do grupo. Contudo, a versão das autoridades israelenses contradiz as informações fornecidas por médicos e jornalistas locais, que reportaram um número maior de mortes. Além disso, a morte da jornalista Eman Al-Shanti, em um dos ataques, foi destacada, com a União Palestina de Jornalistas lamentando a perda.
O conflito, que já dura mais de dois meses, continua a devastar a região. Autoridades palestinas e a ONU alertam para a falta de áreas seguras em Gaza, que permanece severamente danificada pela ofensiva israelense. Apesar dos esforços militares, o Hamas ainda consegue realizar lançamentos de foguetes, como evidenciado pelos disparos mais recentes, o que leva Israel a intensificar sua estratégia de segurança, incluindo o deslocamento de civis de algumas áreas e a criação de zonas humanitárias.