No domingo (22), bombardeios israelenses atingiram diversos pontos da Faixa de Gaza, resultando na morte de pelo menos 17 palestinos. Entre as vítimas, oito pessoas foram mortas em um ataque aéreo contra uma escola que abrigava famílias desabrigadas, na cidade de Gaza. O exército israelense afirmou que o alvo do ataque eram militantes do Hamas, que usariam a escola como centro de operações. Além disso, outros ataques em Gaza e nas cidades de Rafah e Khan Younis também causaram mortes, com foco em alvos associados ao grupo armado.
A evacuação de hospitais na região tem se tornado um desafio significativo. Em Beit Lahiya, no norte de Gaza, o diretor de um hospital informou que a ordem de evacuação dada pelo exército israelense não poderia ser cumprida adequadamente, devido à falta de ambulâncias e condições logísticas. As tensões aumentaram ainda mais com os relatos de que a população de Gaza enfrenta dificuldades extremas, já que grande parte da infraestrutura foi destruída e milhares foram deslocados devido aos intensos ataques.
As forças israelenses seguem uma campanha militar no norte de Gaza, onde acusam grupos armados de realizar ataques contra suas forças. Por outro lado, palestinos denunciam ações que configurariam uma limpeza étnica, com o objetivo de desocupar áreas estratégicas. Até o momento, os esforços para estabelecer um cessar-fogo entre as partes ainda não tiveram sucesso, apesar das negociações mediadas por países como Catar e Egito. O número de mortos na região, segundo fontes palestinas, ultrapassa 45 mil, e grande parte da Faixa de Gaza está em ruínas.