Em 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou mais de 1,2 mil ataques a serviços de saúde em países afetados por conflitos, como Afeganistão, Gaza, Haiti, Líbano, Mianmar, Sudão e Ucrânia. Esses ataques têm se tornado cada vez mais frequentes, com consequências devastadoras para civis e profissionais de saúde. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a violência contra esses serviços não só resulta em mortes e ferimentos, mas também impede o acesso das populações mais vulneráveis ao atendimento médico essencial, incluindo crianças, gestantes e pacientes com doenças crônicas.
Desde 2018, mais de 7,8 mil ataques foram registrados em 21 países, com cerca de 2,6 mil mortes e 5,4 mil feridos, incluindo tanto pacientes quanto profissionais de saúde. A OMS alerta que tais atos não apenas destróem hospitais e ambulâncias, mas também desumanizam e desmoralizam as vítimas. A falta de responsabilização e a continuidade dos conflitos agravam a situação, tornando esses ataques uma nova realidade nas zonas de guerra.
A OMS defende que, para prevenir o aumento desses ataques, é fundamental garantir a proteção dos serviços de saúde, conforme prevê a legislação internacional. No entanto, a maior medida para interromper essa violência seria a resolução dos conflitos e a promoção da paz. A organização enfatiza que, sem responsabilização, esses ataques continuarão a aumentar, comprometendo ainda mais a capacidade de atendimento em áreas já fragilizadas.