Na manhã de terça-feira, 24 de dezembro, um ataque armado realizado por um grupo criminoso durante a reabertura do Hospital Universitário Estadual do Haiti (HUEH), em Porto Príncipe, resultou na morte de pelo menos três pessoas, incluindo dois jornalistas e um policial. De acordo com fontes locais, sete jornalistas e dois policiais ficaram feridos, mas a quantidade total de vítimas ainda não foi oficialmente confirmada. O atentado foi classificado como um ato terrorista pela Associação Haitiana de Jornalistas, destacando a crescente insegurança que atinge a capital do país.
Os criminosos responsáveis pelo ataque, identificados como membros de uma gangue que já havia atacado o hospital anteriormente, justificaram o atentado dizendo que não haviam autorizado a reabertura da unidade, que estava fechada desde fevereiro. O ataque ocorre em um contexto de crescente violência no Haiti, onde gangues armadas dominam grandes áreas da capital, Porto Príncipe, e vêm desestabilizando o país há meses, afetando também outros setores essenciais como saúde e segurança.
Além deste incidente, ataques de gangues contra centros médicos e infraestruturas públicas têm gerado caos no sistema de saúde haitiano, levando ao fechamento de hospitais e à escassez de recursos médicos. Em um ambiente de insegurança generalizada, o Haiti também enfrenta uma crise política, enquanto a missão multinacional de apoio à polícia, liderada pelo Quênia, não conseguiu reduzir os crimes cometidos por grupos armados. Recentemente, a violência também resultou na morte de dezenas de pessoas em rituais religiosos na capital, Porto Príncipe, o que agrava ainda mais a crise humanitária no país.