No domingo (15), um ataque aéreo israelense em Gaza resultou na morte do fotojornalista Ahmad Al-Louh, da Al Jazeera, e outras quatro pessoas, incluindo membros da Defesa Civil local. Al-Louh estava cobrindo uma missão de resgate quando o bombardeio atingiu o escritório da Defesa Civil em Nuseirat, no centro de Gaza. A Al Jazeera condenou o ataque, alegando que o jornalista foi morto enquanto realizava seu trabalho humanitário, enquanto as Forças de Defesa de Israel (IDF) justificaram a ação, alegando que o local servia como centro de comando de grupos militantes. No entanto, não foram apresentadas evidências que confirmassem essas alegações. A Al Jazeera pediu medidas legais contra os responsáveis.
Este ataque ocorreu um ano após a morte do cinegrafista Samer Abu Daqqa, outro funcionário da Al Jazeera, também vítima de um ataque aéreo israelense em Gaza. A rede de notícias criticou a constante violência contra seus jornalistas e reiterou que irá buscar responsabilizar as autoridades israelenses por essas mortes, destacando que a guerra em Gaza tem se mostrado particularmente letal para profissionais de mídia, com pelo menos 137 jornalistas mortos desde o início do conflito. A Al Jazeera também condenou as alegações das forças israelenses, que acusaram Al-Louh de ser terrorista, um fato negado pelas autoridades locais e pela própria rede.
Além da morte do jornalista, os ataques em Gaza no mesmo dia deixaram dezenas de mortos, com várias vítimas civis, inclusive em escolas da ONU e em áreas residenciais. Em Beit Hanoun, ataques israelenses mataram pelo menos 15 pessoas em uma escola que abrigava deslocados, enquanto em Khan Younis, ao menos 12 pessoas morreram em um ataque a um complexo escolar. A Defesa Civil de Gaza e outras organizações humanitárias denunciaram a crescente violência contra civis e locais de refúgio, além de contestar as justificativas militares israelenses, que alegam alvos relacionados a grupos armados.