Na sexta-feira, 20 de dezembro, um ataque a uma feira de Natal na cidade de Magdeburg, na Alemanha, resultou em cinco mortes e mais de 200 feridos. Entre as vítimas, estava um menino de 9 anos. O crime, em que um homem jogou um carro contra a multidão, provocou uma onda de luto, com a igreja local coberta por flores e velas. Embora a motivação do ataque ainda seja incerta, o momento foi marcado por um apelo a não transformar a dor em ódio. Mesmo assim, grupos políticos começaram a se posicionar, com destaque para o Partido Alternativa para a Alemanha, que organizou uma marcha anti-imigração na cidade, apontando o autor do ataque como um imigrante de origem saudita.
O autor do ataque, que já se encontra preso, era um médico refugiado na Alemanha. Segundo investigações, ele demonstrava comportamentos extremistas, com postagens na internet manifestando aversão a imigrantes e simpatia por ideais de extrema-direita. A revelação gerou críticas sobre falhas nas agências de segurança, já que o suspeito tinha deixado sinais claros de suas intenções nas redes sociais, incluindo ameaças ao governo e apoio a movimentos radicais. A oposição política levantou questionamentos sobre a ineficácia das autoridades em prevenir o ataque, apontando a negligência no acompanhamento do indivíduo.
A ministra do Interior da Saxônia-Anhalt afirmou que a polícia havia contatado o suspeito em pelo menos duas ocasiões, mas não explicou o motivo das investigações. Parlamentares locais convocaram uma sessão de emergência para entender por que os alertas sobre o comportamento do criminoso não foram seguidos adequadamente. O governo federal indicou que está considerando novas leis para aumentar a vigilância de estrangeiros e prometeu uma investigação minuciosa sobre o caso e a atuação das autoridades de segurança, a fim de evitar futuras falhas.