Em 2022, cientistas descobriram sinais de rádio misteriosos vindo do espaço, emitidos a cada 18 minutos, desafiando as teorias existentes sobre a origem de pulsares. Esses sinais, inicialmente pensados para vir de estrelas de nêutrons, não se encaixavam nas características conhecidas desses objetos, já que pulsares tradicionais giram rapidamente, emitindo ondas de rádio de forma constante. A descoberta levou os pesquisadores a investigar a origem desses pulsares lentos, o que acabou por revelar um sistema estelar incomum envolvendo uma anã vermelha e uma anã branca.
A equipe, utilizando o radiotelescópio Murchison Widefield Array, localizou novas fontes de rádio e, com observações complementares do radiotelescópio MeerKAT, determinou que os sinais vinham de uma estrela anã vermelha. No entanto, os pulsos de rádio não eram gerados pela anã vermelha, mas sim por um objeto invisível em órbita com ela, provavelmente uma anã branca. Esse tipo de sistema binário pode gerar ondas de rádio através da interação do vento estelar da anã vermelha com o campo magnético da anã branca, de maneira semelhante ao que ocorre com as auroras terrestres.
Os pesquisadores agora investigam se esse tipo de sistema é comum ou se existem outros mecanismos capazes de gerar pulsações de rádio de longo período. A descoberta oferece novas perspectivas para entender a física envolvida na emissão de ondas de rádio por estrelas e objetos compactos. O estudo continua, com astronomia de rádio esperando desvelar ainda mais mistérios cósmicos nas vastas regiões do universo.