A Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou, em votação, o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, que enfrentava seu segundo processo em dez dias. O resultado foi comemorado por milhares de cidadãos nas ruas de Seul, que celebraram a decisão com manifestações em clima de festa, lembrando eventos de shows pop típicos da cultura local. A queda de Yoon é vista como consequência de uma série de fatores, incluindo críticas à sua gestão econômica, focada na redução do custo de vida e combate ao desemprego, que não obteve resultados significativos, além de envolvimentos em acusações de corrupção.
O impeachment foi acelerado por uma série de ações polêmicas do presidente, entre elas o uso da Lei Marcial, medida que não era acionada há 50 anos e que substitui a legislação normal por normas militares, restringindo liberdades, como a liberdade de imprensa. A decisão de Yoon de aplicar essa medida em resposta a ameaças internas foi vista como um golpe contra a democracia, o que provocou uma onda de protestos. Embora tenha revogado a Lei Marcial, os protestos continuaram a ganhar força, culminando na aprovação do impeachment pelos deputados.
Após a votação, Yoon se comprometeu a continuar sua luta política, chamando o processo de impeachment de “uma pausa temporária” em sua presidência. Ele foi imediatamente destituído do cargo, com o primeiro-ministro, Han Duck Soo, assumindo interinamente. Nos próximos meses, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul irá avaliar a legalidade do impeachment, e, caso seja confirmado, uma nova eleição presidencial deverá ser convocada em até 60 dias.