Neste sábado (7), a Assembleia Nacional da Coreia do Sul realizou uma votação sobre o pedido de impeachment do presidente, que foi apresentado pelo Partido Democrata, principal oposição no país. Para que o impeachment seja aprovado, é necessário o apoio de dois terços dos membros do Parlamento, ou seja, 200 votos de um total de 300. A oposição, que possui 192 assentos, precisa de pelo menos oito votos adicionais dos membros do Partido do Poder Popular (PPP), aliado ao governo. Durante a votação, alguns membros do PPP se ausentaram, o que gerou incertezas sobre a aprovação da moção.
O impeachment está sendo solicitado após o presidente ser acusado de violar a Constituição e de tomar medidas questionáveis, como a declaração de lei marcial na semana anterior, que foi rapidamente revogada. O presidente pediu desculpas publicamente, alegando que a medida foi tomada por desespero, mas não anunciou sua renúncia. Caso a moção de impeachment seja aprovada, o presidente será afastado imediatamente, e o primeiro-ministro assumirá de forma interina até a convocação de novas eleições presidenciais, caso o Tribunal Constitucional confirme o impeachment.
O processo de impeachment na Coreia do Sul exige uma maioria de dois terços do Parlamento, e o caso será analisado pelo Tribunal Constitucional, que pode levar até seis meses para decidir se o presidente violou a lei. Caso o impeachment seja confirmado, uma nova eleição presidencial será realizada dentro de 60 dias. A situação política do país permanece tensa, com manifestações públicas exigindo a remoção do presidente e críticas à gestão atual, em meio a um cenário político polarizado.