A agência de notícias estatal da Síria informou neste sábado (7) que o presidente Bashar al-Assad segue na capital, Damasco, apesar do crescente avanço das forças rebeldes. A oposição, que inclui grupos armados apoiados pela Turquia e pela organização Hayat Tahrir al-Sham, declarou ter iniciado a fase final do cerco à cidade, enquanto o governo sírio nega qualquer retirada de suas tropas e acusa os rebeldes de espalharem pânico.
Recentemente, Assad manteve um compromisso público em Damasco, onde se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Irã para discutir a crise. Durante a reunião, foi reafirmada a determinação do governo sírio em combater os insurgentes, em especial aqueles que ocuparam Aleppo. O apoio do Irã ao regime de Assad, especialmente através de forças militares e materiais, continua sendo uma peça-chave para o fortalecimento do governo sírio diante da pressão rebelde.
A guerra civil síria, que começou em 2011 com manifestações contra o regime de Assad, se transformou em um conflito complexo envolvendo diversos atores internacionais, incluindo Estados Unidos, Rússia e Irã. Embora a maior parte dos combates tenha diminuído nos últimos anos, com o apoio do Irã e da Rússia, a guerra deixou mais de 300 mil mortos e milhões de deslocados. Apesar da redução da violência em algumas áreas, o conflito permanece instável, com confrontos contínuos em algumas regiões do país.