Após um ataque violento contra a trupe do Eneide Circus em Central do Maranhão, em que membros da família e funcionários foram vítimas de roubo e agressões, a artista circense Camila Gomes retomou suas apresentações em Santa Helena, cerca de 156 km de São Luís. O retorno ao picadeiro, após o trauma, foi marcado por uma forte carga emocional, com a artista expressando gratidão pelo apoio recebido, tanto presencial quanto virtualmente. Camila, que havia sido vítima de violência sexual durante o assalto, afirmou que se sente abraçada pela empatia e apoio das pessoas, destacando que ainda existe amor e solidariedade entre os indivíduos.
A violência sofrida pela artista fez parte de uma série de agressões cometidas pelo grupo criminoso, que invadiu o circo na noite do dia 23 de novembro. Durante o ataque, além de roubos, uma das vítimas foi agredida e outra, uma idosa com Alzheimer, sofreu ferimentos. Após o crime, a polícia prendeu ou apreendeu sete dos oito envolvidos no ataque, com um adolescente de 17 anos sendo apontado como o responsável pelo estupro e outros membros do grupo respondendo por crimes relacionados ao roubo e agressões.
O circo, que pertence a uma família de artistas itinerantes, decidiu deixar a cidade de Central do Maranhão devido ao impacto do crime. Camila, que continua a receber acompanhamento psicológico e médico, compartilhou em suas redes sociais o sofrimento vivido, mas também destacou a força e coragem para seguir em frente por sua família. A decisão de retomar as apresentações foi vista como um recomeço, com a artista reafirmando seu compromisso com a arte circense e a importância do apoio da comunidade na recuperação do trauma.