As armas fantasmas, dispositivos de fogo sem números de série e montáveis em casa, têm sido apontadas como uma das maiores ameaças à segurança nos Estados Unidos. Essas armas, muitas vezes produzidas com kits e até impressoras 3D, são difíceis de rastrear e podem ser adquiridas facilmente, sem a necessidade de verificação de antecedentes criminais. Recentemente, o caso de um suspeito de homicídio em Nova York, que carregava uma dessas armas, trouxe mais atenção ao problema, evidenciando seu potencial em crimes e a dificuldade de regulamentação.
Especialistas alertam que o uso de armas fantasmas tem crescido exponencialmente. Dados oficiais indicam que, em 2022, mais de 20 mil dessas armas foram apreendidas, um aumento significativo em relação a anos anteriores. Sem marcas identificáveis, elas se tornam uma ferramenta de difícil rastreamento, especialmente no caso de vendas ilegais para pessoas sem autorização ou para menores. O aumento na utilização dessas armas contribui para um cenário de violência crescente no país, onde, em 2022, mais de 48 mil mortes por armas de fogo foram registradas.
Em resposta a essa ameaça, o governo dos EUA, sob a administração do presidente Joe Biden, tem tentado regulamentar as armas fantasmas, exigindo que os fabricantes incluam números de série e realizem verificações de antecedentes dos compradores. Embora a Suprema Corte tenha demonstrado ceticismo em relação a essas regulamentações, o debate continua acirrado, refletindo o difícil equilíbrio entre a liberdade de posse de armas e as medidas de segurança necessárias para conter o uso ilegal e perigoso desses dispositivos.