Luigi Mangione, suspeito de envolvimento no assassinato de um executivo nos Estados Unidos, foi preso em dezembro de 2024 enquanto carregava uma arma fantasma, um tipo de arma de fogo caseira, não rastreável e sem número de série. A arma encontrada com Mangione poderia ter sido impressa em 3D, o que destaca a crescente preocupação com esse tipo de armamento. As armas fantasmas são populares entre criminosos e pessoas proibidas de comprar armas legalmente, pois não exigem verificações de antecedentes e podem ser facilmente adquiridas por meio de kits ou impressoras 3D.
Essas armas não possuem número de série, o que as torna difíceis de rastrear e identificar em investigações. Com o aumento do uso de tais armas em cenas de crimes violentos, o governo dos Estados Unidos, sob a administração Biden, implementou novas regulamentações em 2022, exigindo que kits para fabricar armas incluam números de série e passem por verificações de antecedentes. Contudo, a legislação enfrenta resistência, e uma disputa legal sobre a sua validade ainda está sendo analisada pela Suprema Corte dos EUA. O caso de Mangione reflete a relevância dessa questão para a segurança pública e a eficácia das novas regras.
O impacto das armas fantasmas em crimes tem sido significativo, com milhares dessas armas sendo recuperadas em investigações criminais. Em 2021, por exemplo, mais de 20 mil dessas armas foram encontradas em cenas de crimes, um aumento considerável em relação a anos anteriores. Apesar das tentativas de regulamentação, especialistas alertam que ainda é difícil controlar o crescimento desse mercado, especialmente com o avanço das impressoras 3D, que permitem a fabricação de armas de forma mais acessível. As autoridades continuam debatendo a necessidade de novas medidas para restringir o uso dessas armas e garantir maior segurança pública.