Nos últimos 17 meses, o planeta registrou temperaturas médias consistentemente 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, um limite crítico estabelecido pelos cientistas para evitar os piores impactos do aquecimento global. 2023 foi o ano mais quente já registrado, e 2024 promete quebrar novos recordes, com um aumento rápido das temperaturas em comparação a décadas anteriores. Esse fenômeno tem surpreendido cientistas, que destacam que, embora as mudanças climáticas sejam conhecidas, a intensidade e rapidez das variações climáticas são inéditas. O clima atípico em diversas regiões, como o calor em Nova York durante o inverno, ilustra essa transformação global.
Diversos fatores têm sido apontados como responsáveis pela aceleração do aquecimento. A erupção do vulcão Hunga Tonga, em 2022, e o fenômeno El Niño, que aqueceu os oceanos entre 2023 e 2024, são apenas algumas das causas possíveis. Além disso, as emissões de gases de efeito estufa, especialmente o CO2, continuam a elevar as temperaturas globais, conforme mostram os gráficos das emissões anuais. Apesar das incertezas, os especialistas concordam que os próximos anos serão decisivos para entender se essa elevação das temperaturas será uma tendência permanente ou se as condições podem se estabilizar.
A luta contra o aquecimento global não é uma questão de otimismo ou pessimismo, mas sim de ação, afirmam cientistas e especialistas. O principal é aumentar o entendimento sobre as causas e soluções das mudanças climáticas, pois os efeitos já são evidentes em eventos extremos, como o aumento da intensidade das secas no Pantanal. Para os especialistas, a solução ainda está em nossas mãos: se as emissões de carbono cessarem, as temperaturas podem se estabilizar. O futuro das próximas gerações depende de decisões coletivas urgentes para evitar um cenário ainda mais crítico.