João Francisco Rubbo Nobre, de 18 anos, é o único candidato inscrito no curso de Engenharia Ferroviária e Metroviária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O jovem, natural de Valinhos (SP), vê o setor ferroviário como essencial para o desenvolvimento do país e se surpreende com o baixo número de interessados. O curso, que oferece 28 vagas, tem como foco a formação de profissionais para atuar nas áreas de projeto, operação, manutenção e gestão ferroviária e metroviária. Nobre se preparou para o vestibular, que será realizado neste final de semana em Joinville (SC), e também se inscreveu para outras universidades, como a USP e a Unicamp, com opções na área de Física.
Apesar de sua escolha pelo curso de Engenharia Ferroviária, Nobre expressa sua surpresa pela escassez de interesse nessa área no Brasil, um reflexo, segundo ele, da falta de investimento e projetos no setor ferroviário no país. O jovem mencionou a cidade de Joinville como uma localidade que, embora tenha potencial para o transporte ferroviário, ainda carece de iniciativas para reverter o abandono do serviço que foi comum no passado. Ele acredita que um investimento em infraestrutura ferroviária, especialmente no transporte de passageiros, seria um passo importante para o desenvolvimento do Brasil, que é um país de grandes dimensões territoriais.
O curso de Engenharia Ferroviária e Metroviária da UFSC, que tem duração de cinco anos e exige um estágio obrigatório, busca formar profissionais com uma visão sistêmica da área. Nobre, que também se inscreveu para cursos de Física em outras universidades, pretende usar sua formação para transformar o transporte ferroviário no Brasil. Para ele, a ampliação da malha ferroviária permitiria uma maior conscientização sobre a importância do transporte ferroviário, o que, por sua vez, atrairia mais jovens para o curso.