A Anistia Internacional (AI) divulgou um relatório no qual acusa Israel de cometer genocídio contra os palestinos durante o conflito em Gaza, que começou em outubro de 2023. De acordo com a organização, a documentação reunida aponta para uma série de ataques aéreos que resultaram em mortes de civis, incluindo crianças, sem evidências de alvos militares legítimos. O relatório destaca 15 ataques aéreos entre outubro de 2023 e abril de 2024, que mataram 334 civis, sendo 141 crianças, e cita a destruição generalizada da Faixa de Gaza, alimentando a alegação de genocídio. A Anistia também ressalta o tratamento desumano dispensado aos palestinos, com a destruição de infraestrutura essencial, fome e doenças, configurando uma morte lenta e deliberada.
Além das investigações em campo, a organização reforça que as intenções militares de Israel, como a erradicação do Hamas, coincidem com práticas genocidas, tratando os palestinos como um grupo sub-humano e privado de seus direitos. A secretária-geral da Anistia, Agnès Callamard, afirmou que essas conclusões têm como objetivo chamar a atenção da comunidade internacional, pressionando para que o genocídio seja interrompido imediatamente. A AI também advertiu que os países que fornecem armas a Israel podem ser considerados cúmplices na violação do direito internacional.
O relatório da Anistia não deixa de abordar os crimes cometidos pelo Hamas durante a incursão em Israel em outubro de 2023, que resultou em um número significativo de vítimas e sequestrados. A organização anunciou que também publicará um informe sobre essas ações, mas o foco do relatório atual é na gravidade da situação em Gaza, onde pelo menos 44.532 pessoas morreram, a maioria civis, segundo fontes do governo local, respaldadas pela ONU.