A Anistia Internacional publicou um extenso relatório, considerando as ações de Israel em Gaza entre outubro de 2023 e julho de 2024 como um genocídio. A organização documenta uma série de violações, incluindo massacres de civis, destruição massiva de infraestrutura e restrição deliberada de ajuda humanitária. A Anistia argumenta que essas ações foram realizadas com a intenção clara de destruir a população palestina de Gaza, caracterizando-as como parte de uma política de genocídio. Além disso, a organização denuncia a prisão e tortura de civis como práticas intencionais dentro desse contexto.
O relatório da Anistia Internacional se baseia em depoimentos de 212 vítimas e testemunhas, além de uma análise detalhada de imagens de satélite e documentos oficiais. A pesquisa revela que mais de 60% das residências em Gaza foram danificadas ou destruídas até janeiro de 2024, afetando mais de um milhão de pessoas. A organização critica a justificativa de Israel de que suas ações são uma resposta à presença do Hamas, ressaltando que a magnitude da destruição é desproporcional e viola as obrigações internacionais de proteger civis.
A defesa de Israel nega as acusações, classificando as alegações como uma distorção da realidade e uma tentativa de enfraquecer seu direito de se defender de ataques terroristas. Segundo representantes israelenses, o país está apenas respondendo às ameaças de grupos armados e tentando resgatar reféns. No entanto, a Anistia Internacional enfatiza que a natureza indiscriminada dos ataques e a falta de medidas para mitigar os danos a civis reforçam a acusação de genocídio.