A Anistia Internacional (AI) publicou um relatório acusando Israel de genocídio contra os palestinos desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. O documento, que foi divulgado em 4 de dezembro de 2024, apresenta uma análise baseada em declarações oficiais de autoridades israelenses, imagens de satélite e investigações no terreno. A organização denuncia a destruição sistemática da região, o tratamento desumano dos palestinos e a morte de civis em ataques aéreos que não visavam alvos militares. Estima-se que mais de 44 mil pessoas tenham morrido em Gaza desde o início do conflito, a maioria delas civis.
O relatório de 300 páginas detalha 15 ataques aéreos realizados entre outubro de 2023 e abril de 2024, que resultaram na morte de 334 civis, incluindo 141 crianças, e que não encontraram justificativa militar. A Anistia também destaca as condições de vida extremamente precárias em Gaza, como fome, desnutrição e doenças, o que contribui para uma morte lenta e calculada da população local. A secretária-geral da AI, Agnès Callamard, enfatizou que as ações de Israel têm características genocidas e pediu uma intervenção da comunidade internacional para pôr fim a essa situação.
Além das acusações contra Israel, a Anistia Internacional também promete divulgar um informe sobre os crimes cometidos pelo grupo Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023. A organização humanitária alerta que países que fornecem armas a Israel podem ser considerados cúmplices de genocídio. O relatório da AI visa pressionar pela responsabilidade internacional e um fim imediato à violência em Gaza, destacando a urgência de ações para prevenir mais perdas humanas.