A bailarina, coreógrafa e pesquisadora Angel Vianna faleceu no último domingo, 1º de dezembro, aos 96 anos. Natural de Belo Horizonte, Angel foi uma das figuras mais importantes na história da dança no Brasil, tendo se tornado referência no cenário nacional. A morte foi anunciada pela Faculdade de Dança Angel Vianna, instituição que leva seu nome e que ela fundou em 2001, no Rio de Janeiro. A causa do falecimento não foi divulgada, mas a família realizou uma cerimônia íntima em São Paulo, enquanto missas de sétimo dia serão celebradas nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Ao longo de sua trajetória, Angel Vianna contribuiu significativamente para a educação e o desenvolvimento da dança no Brasil. Ela iniciou sua carreira artística no Ballet de Minas Gerais, mas também se dedicou à formação acadêmica, com estudos em Artes Plásticas e Música. Junto ao marido, Klauss Vianna, fundou a Escola e o Ballet Klauss Vianna, sendo pioneira na busca por um balé com identidade brasileira. Em 1963, foi professora no primeiro curso de Dança de nível superior do Brasil, na Universidade Federal da Bahia, e também lecionou em diversos outros cursos e instituições de destaque.
Além de sua carreira como professora e coreógrafa, Angel Vianna foi uma das principais impulsionadoras da relação entre a dança e a educação no país. Criou o Grupo Teatro do Movimento e o Centro de Pesquisa Corporal Arte e Educação, e suas contribuições à cultura brasileira foram reconhecidas com importantes prêmios, incluindo o Diploma de Admissão na Ordem do Mérito da Cultura, em 1999, e a Comenda Máxima Grand Cruz, em 2014. Sua morte gerou uma onda de homenagens nas redes sociais, com figuras públicas destacando sua importância como mestre da dança e sua capacidade de transformar a arte brasileira.