O Amazonas apresentou uma redução significativa no número de pessoas vivendo em extrema pobreza entre 2021 e 2023. Segundo dados do IBGE, o número absoluto de indivíduos nessa condição caiu de cerca de 665 mil para aproximadamente 279 mil, representando uma diminuição de quase 10%. A proporção de pessoas com rendimentos abaixo de US$ 3,65 por dia passou de 32,7% para 18,8%, enquanto a parcela abaixo de US$ 6,85 diminuiu de 58,4% para 45,5%. Esses dados refletem um avanço nas condições econômicas da população, especialmente na capital, Manaus.
Apesar dessa redução, o rendimento domiciliar per capita médio no Amazonas, que foi de R$ 1.166 em 2023, segue abaixo da média nacional (R$ 1.848) e da média da Região Norte (R$ 1.302). O estado ocupa uma das últimas posições na Região Norte, apenas à frente do Acre, o que evidencia as persistentes desigualdades econômicas. Manaus, apesar de ter um desempenho superior ao do estado, ainda apresenta uma renda inferior a outras capitais da região, como Belém e Palmas, que possuem rendimentos bem mais altos.
Os dados apontam uma situação de vulnerabilidade econômica que persiste no Amazonas, apesar das melhorias nas taxas de pobreza extrema. A análise também destaca as disparidades econômicas dentro da região Norte, onde o estado apresenta desafios significativos para alcançar uma recuperação mais ampla, refletindo nas dificuldades de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. O estado, portanto, continua a enfrentar obstáculos para alcançar uma equidade econômica com outras regiões do país.