O chanceler alemão Olaf Scholz enfrenta um voto de confiança nesta segunda-feira (16), um processo que pode resultar em sua perda política e abrir caminho para uma eleição antecipada no início de 2025. Caso seja derrotado, Scholz terá que pedir ao presidente Frank-Walter Steinmeier para dissolver o parlamento, desencadeando novas eleições dentro de 60 dias. A crise política teve início com desentendimentos sobre a economia do país, o que levou à demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, e ao colapso da coalizão entre o Partido Social-Democrata (SPD) e o Partido Democrata Livre (PDL).
A perda de Lindner enfraqueceu a coalizão de Scholz, resultando em um governo minoritário, agora aliado apenas aos Verdes (PV). A impopularidade do governo de Scholz tem crescido, com o chanceler enfrentando uma das mais baixas taxas de aprovação da história recente da Alemanha. Pesquisas indicam que a União Democrata Cristã (CDU), liderada por Friedrich Merz, lidera as intenções de voto, com 31%, seguida pela ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 18%. O SPD, partido de Scholz, aparece com apenas 16%.
A crise política é acompanhada por uma desaceleração econômica no país, que encolheu pela primeira vez desde a pandemia de Covid-19 e deve continuar a piorar. A CDU, que foi a maior força política na Alemanha durante décadas, propõe medidas para reaquecer a economia, como incentivos ao trabalho e cortes de impostos. As perspectivas econômicas somadas ao cenário político instável indicam que uma eleição antecipada é uma possibilidade concreta, com a CDU em posição vantajosa para conquistar a vitória, caso as eleições se realizem conforme o previsto.