O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, perdeu recentemente o voto de confiança no Parlamento, o que marcou o colapso de seu governo. Esse resultado foi precipitado pela demissão do ministro das Finanças e pela perda da maioria parlamentar por parte de sua coalizão. Com a reprovação do governo, o presidente Frank-Walter Steinmeier tem agora 21 dias para decidir se dissolve o Bundestag e convoca novas eleições, que devem ocorrer dentro de 60 dias caso a dissolução se concretize. Uma possível eleição antecipada pode ocorrer em fevereiro de 2025.
O cenário político atual é desafiador para a Alemanha. O partido CDU/CSU, de centro-direita, lidera as pesquisas, seguido pela extrema-direita do AfD, que também tem ganhado força. Essa ascensão do AfD, partido que se opõe à imigração e à integração europeia, dificulta a formação de coalizões, já que os partidos tradicionais evitam alianças com ele. Além disso, as negociações entre os outros partidos, como o SPD de Scholz e os Verdes, são complexas e podem resultar em governos instáveis, caso nenhum partido consiga uma maioria clara.
Esse colapso do governo representa um momento raro na política alemã, sendo apenas a quarta vez em 75 anos que o país enfrenta uma eleição antecipada. A crise ocorre em um contexto de crescente tensão com a Rússia devido à guerra na Ucrânia, e reflete uma tendência de instabilidade política em outras nações europeias. Caso as eleições sejam realizadas, o futuro político da Alemanha dependerá da capacidade dos partidos de formar uma coalizão eficaz e lidar com os desafios internos e internacionais.