Davi Alcolumbre, atual senador do Amapá e ex-presidente do Senado, se posiciona como favorito para a presidência da Casa no próximo ano, com o apoio de 76 parlamentares, o que corresponde a 94% do Senado. A coalizão que apoia sua candidatura inclui partidos como PSD, PL, MDB, PT, União, PP, PSB, Republicanos e PDT. Alcolumbre, que já liderou o Senado entre 2019 e 2021, conta também com o apoio de senadores do Podemos, sendo que quatro dos sete membros da legenda já declararam suporte à sua eleição. A eleição para a presidência ocorrerá em fevereiro de 2025, e para vencer é necessário conquistar pelo menos 41 votos favoráveis.
O MDB, partido com 11 senadores, declarou apoio a Alcolumbre e optou por manter Eduardo Braga na liderança da bancada até 2026. Embora a oposição, composta principalmente por PL, PP e Republicanos, também tenha aderido à candidatura de Alcolumbre para garantir participação no comando das comissões e na Mesa Diretora, ainda existem algumas incógnitas. O PSDB e o Novo, que possuem um senador cada, além de parte do Podemos, com três senadores não alinhados, ainda não se posicionaram oficialmente.
A trajetória de Alcolumbre no Senado é marcada por alianças estratégicas. Durante a gestão de Jair Bolsonaro, ele teve uma relação próxima com o ex-presidente e, posteriormente, se alinhou ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O poder de Alcolumbre também se reflete em sua influência sobre a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que comanda desde 2021, além de seu controle sobre emendas parlamentares, embora essas estejam temporariamente suspensas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido a questões de transparência.