Davi Alcolumbre, candidato à presidência do Senado, já conta com um amplo apoio parlamentar, reunindo 76 votos, o equivalente a 94% dos senadores. O MDB, um dos principais partidos da Casa, anunciou apoio à sua candidatura, além de manter Eduardo Braga como líder da legenda para os próximos dois anos. A sua base de apoio inclui partidos como PSD, PL, PT, União e PP, e até mesmo a maioria do Podemos, que se alinhou ao candidato do União-AP.
A eleição para a presidência do Senado ocorrerá em fevereiro de 2025, e Alcolumbre, que já exerceu o cargo de presidente de 2019 a 2021, é considerado um candidato com grande vantagem. A disputa pela liderança da Casa tem se desenrolado com ampla adesão dos partidos, e até mesmo a oposição, composta por PL, PP e Republicanos, se alinhou ao amapaense, buscando garantir influência nas comissões e na Mesa Diretora. A senadora Eliziane Gama, do PSD, cogitou se candidatar, mas retirou sua candidatura após a decisão de seu partido de apoiar Alcolumbre.
A influência de Alcolumbre no Senado também vem da sua capacidade de gerenciar recursos destinados aos estados por meio de emendas, uma prática que envolve a distribuição de verbas no orçamento. No entanto, essa modalidade está temporariamente suspensa pelo Supremo Tribunal Federal devido à falta de transparência. Alcolumbre, que foi aliado de Jair Bolsonaro e agora se aproxima do governo Lula, utiliza sua experiência para consolidar seu poder dentro da Casa, com a expectativa de assumir a presidência novamente no próximo ciclo legislativo.